sábado, 12 de fevereiro de 2011

Meu quarto, meu santuário

Fiz do meu quarto um santuário, onde a parede é a redoma e a janela o portal do mundo.
Por ela vejo luzes, saio. Volto pra dentro de mim.
Nele permito e proibo; sou a única senhora.
Dona do meu sono, dos meus lápis, dos meus  livros.
Meu quarto é um refúgio, dos medos que eu possa ter.
Falo comigo e me respondo. Nunca estou sozinha.
Somente a lua, vez ou outra, espia com indiscrição meu velho pijama.
Não me importo com a lua. Ela é cúmplice desse interlúdio noturno, e do suave adormecer a que me entrego.
Fiz do meu quarto um santuário.
Para que nele permaneça, dentre todas as essências, apenas aquela que me faz feliz.

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